APRENDENDO PERGUNTANDO

PERGUNTAS E RESPOSTAS PARA AS DÚVIDAS MAIS FREQUENTES,EM TODAS AS ESPECIALIDADES MÉDICAS

domingo, 22 de setembro de 2019

O que é tétano ?


Tétano
O tétano é uma doença infecciosa grave, causada pela toxina da bactéria Clostridium tetani, um microrganismo encontrado no solo, fezes de animais, poeira doméstica e superfícies de objetos com ferrugem sob a forma de esporos, ou seja, de estruturas resistentes que se formam em condições desfavoráveis para a bactéria.
A doença pode acometer indivíduos não-imunes de qualquer idade e não é transmissível de uma pessoa para outra. Ocorre com mais freqüência em regiões onde o acesso aos serviços de saúde é limitado, inspirando cuidados médicos imediatos pelo risco de haver contratura dos músculos respiratórios, com consequente impedimento da respiração e morte.
Causas e sintomas
A toxina do Clostridium tetani inibe o relaxamento dos músculos, provocando espasmos musculares graves e dolorosos. Os primeiros sintomas da infecção são dificuldade de abrir a boca por espasmo dos músculos da mandíbula, o que é conhecido como trismo, além de dificuldade de engolir. Esse quadro evolui para tremores e contraturas musculares que afetam todo o corpo, causando uma rigidez progressiva, que dificulta os movimentos e a respiração. Quando a doença evolui, o doente fica altamente sensível ao barulho, à luz e ao contato físico –qualquer um deles é capaz de provocar grandes espasmos de vários grupos musculares, acompanhados de dores excruciantes.
O espasmo dos músculos faciais produz uma expressão característica na face do doente, conhecida como riso sardônico. O espasmo dos músculos das costas faz o corpo ficar arqueado, em uma postura conhecida como opistótono. A infecção também pode afetar os músculos respiratórios, a ponto de praticamente impedir o paciente de respirar. As contrações chegam a ser tão fortes que podem romper os músculos e fraturar ossos.

A causa da doença é a toxina tetânica produzida por esporos do Clostridium tetani, que, no caso do tétano acidental, ingressam no organismo por meio de ferimentos, queimaduras e contaminação de lesões ou úlceras na pele.
Já o tétano neonatal se deve ao contato do cordão umbilical com essa bactéria, seja na hora do corte, seja durante o tratamento do coto umbilical, o que, vale lembrar, ocorre somente se forem utilizados substâncias e objetos contaminados.
Nas duas formas, o microrganismo envolvido só produz a toxina tetânica na presença de condições propícias para tanto – sujeira, tecidos mortos e corpos estranhos. Daí a importância de higienizar bem qualquer ferimento, por menor que seja, e de manter a vacina antitetânica em dia.
Exames e diagnósticos
O tétano é facilmente detectado em uma consulta médica, diante da combinação dos sintomas, bastante característicos, com a história de ferimento recente, não dependendo de exames diagnósticos.
Vale salientar que a pesquisa laboratorial do Clostridium tetani muito frequentemente se mostra negativa mesmo em pessoas infectadas, pois não há necessidade de um grande número de bactérias para causar a doença.
Tratamento e prevenções
O tratamento do tétano precisa ser feito em ambiente hospitalar, de preferência em unidade de terapia intensiva, e inclui a administração de anticorpos ou soro antitetânico, antibiótico venoso e limpeza cirúrgica do ferimento.
Em geral, utilizam-se também miorrelaxantes, ou seja, medicamentos para reverter a rigidez muscular. Algumas vezes, pode ser necessário manter o paciente em coma induzido e usar respiradores por causa das contraturas, especialmente dos músculos pulmonares. Como a infecção não torna o indivíduo imune, como acontece em outras doenças infecciosas, a exemplo do sarampo e da rubéola, o doente deve ainda receber a vacina contra a toxina tetânica.
A vacinação representa a forma mais segura e eficaz de prevenir o tétano, uma vez que a bactéria Clostridium tetani está em toda parte e pode alcançar a circulação até mesmo a partir de um ferimento muito pequeno.
Toda criança, portanto, deve receber três doses da vacina – aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, além de dois reforços da vacina tríplice – que combina a proteção contra tétano, difteria e coqueluche, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos. A partir daí, a cada dez anos é necessária uma dose única da vacina dupla contra tétano e difteria. Esse esquema está previsto no calendário oficial de vacinação.
Adultos que nunca foram imunizados requerem três doses da vacina dupla, sempre com 30 dias de intervalo entre elas, também com reforço a cada década. Além da imunização, é sempre recomendável tratar muito bem qualquer ferimento, o que implica limpeza com água abundante e sabão, mantendo a ferida sempre limpa e seca até a cicatrização.
Fonte: Assessoria Médica Fleury

terça-feira, 17 de setembro de 2019

O que é Microcefalia



Por Luiz de Oliveira Alves
Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)
Microcefalia é um problema neurológico no qual a criança possui a massa cefálica e o crânio reduzidos, com menos de 42 centímetros de circunferência com um ano e três meses de idade. Quando nascem, normalmente os bebês têm ossos separados na caixa craniana (moleira); no caso da microcefalia estes ossos nascem unidos ou se unem antes da massa cefálica se desenvolver devidamente.
Criança normal e outra com microcefalia. Ilustração: Luciano Cosmo / Shutterstock.com
A microcefalia pode se dar quando a mãe durante a gravides fica exposta por algum agente nocivo, afetando o desenvolvimento do feto (causas congênitas) podendo se apresentar no nascimento ou no primeiro ano. A doença pode se manifestar também quando o bebê fica exposto a agentes nocivos no primeiro ano de vida (adquirida ou pós-natal) e/ou genéticas hereditárias.
As causas da microcefalia congênita são: drogas, agentes infecciosos, diabetes, HIV, desnutrição, hipotireoidismo e exposições a elementos radioativos.
As causas da microcefalia adquirida ou pós-natal são: encefalite, meningite, exposição à radiação, metabolismo malformado, insuficiência renal, AVC, síndromes como a de Rett e a síndrome de Down.
Os sintomas da microcefalia variam de acordo com a agressividade da doença. Quando os ossos se unem antes do sétimo mês de gestação, apresentam-se quadros mais graves sendo chamada de microcefalia primária; após esse período é chamada de secundária, dependendo das sequelas novos sintomas podem variar. Os sintomas mais frequentes são: retardos mentais, ataques epiléticos, músculos rígidos e podendo acarretar em paralisia em casos mais graves.
Mesmo a microcefalia não tendo cura, a fisioterapia ininterrupta é extremante importante, além de agir no seu desenvolvimento, evita que a criança desenvolva problemas musculares e respiratórios.
A expectativa de vida de uma criança com microcefalia sem complicações ou outras síndromes associadas é igual a de uma criança comum, sendo que sempre haverá necessidade de acompanhamento médico e dependência de outros para não se expor em situações de risco.
No Brasil, entre 2015 e 2016 ocorreu um grande surto de microcefalia. Segundo o Ministério da Saúde em 2015 foram registrados 2782 casos, comparados a 147 em 2014; um aumento de 1892,5%. Acredita-se que este aumento ocorreu pelo surto de Microcefalia
Por Luiz de Oliveira Alves
Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)

Microcefalia é um problema neurológico no qual a criança possui a massa cefálica e o crânio reduzidos, com menos de 42 centímetros de circunferência com um ano e três meses de idade. Quando nascem, normalmente os bebês têm ossos separados na caixa craniana (moleira); no caso da microcefalia estes ossos nascem unidos ou se unem antes da massa cefálica se desenvolver devidamente.


A microcefalia pode se dar quando a mãe durante a gravides fica exposta por algum agente nocivo, afetando o desenvolvimento do feto (causas congênitas) podendo se apresentar no nascimento ou no primeiro ano. A doença pode se manifestar também quando o bebê fica exposto a agentes nocivos no primeiro ano de vida (adquirida ou pós-natal) e/ou genéticas hereditárias.


As causas da microcefalia congênita são: drogas, agentes infecciosos, diabetes, HIV, desnutrição, hipotireoidismo e exposições a elementos radioativos.

As causas da microcefalia adquirida ou pós-natal são: encefalite, meningite, exposição à radiação, metabolismo malformado, insuficiência renal, AVC, síndromes como a de Rett e a síndrome de Down.


Os sintomas da microcefalia variam de acordo com a agressividade da doença. Quando os ossos se unem antes do sétimo mês de gestação, apresentam-se quadros mais graves sendo chamada de microcefalia primária; após esse período é chamada de secundária, dependendo das sequelas novos sintomas podem variar. Os sintomas mais frequentes são: retardos mentais, ataques epiléticos, músculos rígidos e podendo acarretar em paralisia em casos mais graves.

Mesmo a microcefalia não tendo cura, a fisioterapia ininterrupta é extremante importante, além de agir no seu desenvolvimento, evita que a criança desenvolva problemas musculares e respiratórios.

A expectativa de vida de uma criança com microcefalia sem complicações ou outras síndromes associadas é igual a de uma criança comum, sendo que sempre haverá necessidade de acompanhamento médico e dependência de outros para não se expor em situações de risco.

No Brasil, entre 2015 e 2016 ocorreu um grande surto de microcefalia. Segundo o Ministério da Saúde em 2015 foram registrados 2782 casos, comparados a 147 em 2014; um aumento de 1892,5%. Acredita-se que este aumento ocorreu pelo surto de Zika vírus. A princípio, a relação da microcefalia com o Zika vírus se dá pela presença do vírus no líquido amniótico e nas regiões do sistema nervoso central do feto, sugerindo que o vírus atravesse a placenta infectando os fetos.
Referências:
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/12/22/brasil-chega-a-2782-casos-suspeitos-de-microcefalia-e-40-mortes.htm
http://combateaedes.saude.gov.br/index.php/tira-duvidas#zika
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160218_lancet_zika_microcefalia_lab. A princípio, a relação da microcefalia com o Zika vírus se dá pela presença do vírus no líquido amniótico e nas regiões do sistema nervoso central do feto, sugerindo que o vírus atravesse a placenta infectando os fetos.



sexta-feira, 6 de setembro de 2019

O que é Síndrome de Dawn ?


A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.
As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.
É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la. Não é culpa de ninguém. Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança.
As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Se você é pai ou mãe de uma pessoa com síndrome de Down, o mais importante é descobrir que seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade. Saiba mais no vídeo abaixo.
Entenda a trissomia
Os seres humanos têm, normalmente, 46 cromossomos em cada uma das células de seu organismo. Esses cromossomos são recebidos pelas células embrionárias dos pais, no momento da fecundação. Vinte e três vêm dos espermatozoides fornecidos pelo pai e os outros 23 vêm contidos no óvulo da mãe. Juntos, eles formam o ovo ou zigoto, a primeira célula de qualquer organismo. Essa célula, então, começa a se dividir, formando o novo organismo. Isso quer dizer que cada nova célula é, em teoria, uma cópia idêntica da primeira.
Os cromossomos carregam milhares de genes, que determinam todas as nossas características. Desses cromossomos, 44 são denominados regulares e formam pares (de 1 a 22). Os outros dois constituem o par de cromossomos sexuais – chamados XX no caso das meninas e XY no caso dos meninos. O que ocorre, então, para um bebê apresentar 47 cromossomos, em vez de 46, e ter síndrome de Down?

Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, ou o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21. Por isso a síndrome de Down também é chamada de trissomia do 21. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

O que é a AIDS?


Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency A AIDS, sigla em inglês para a Síndrome da Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana - da sigla em inglês).
A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vunerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.
O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.
Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.
O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, ainda assim, podem transmitir o vírus a outras pessoas
Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem qualquer outro sintoma. À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças oportunistas, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema imunológico saudável.
AIDS não tem cara

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

O que é sarampo e quais seus sintomas ?



É uma doença infecciosa por um vírus altamente contagioso – falaremos da transmissão mais pra frente. Parte das pessoas que o contraem lidam com ele sem manifestar quaisquer sintomas. Outras sofrerão com:
• Manchas no corpo e no rosto
• Coceira
• Conjuntivite
• Febre
• Tosse persistente
• Infecção no ouvido
O maior problema, no entanto, envolve as crianças, que têm o sistema imunológico mais frágil. Entre elas, quadros de pneumonia, convulsões e morte são mais comuns.
Pois é: o sarampo está longe de ser uma doença leve, como às vezes se propaga. Tanto que, antes do surgimento da vacina e das campanhas subsequentes, ele foi uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo.
Como essa infecção é transmitida
O vírus do sarampo é facilmente passado de um indivíduo para outro através de secreções. Ou seja, um espirro ou um beijo são mais do que o suficiente.
A enfermidade é transmitida durante a fase mais ativa do problema, em que o paciente apresenta febre alta e mal-estar, por exemplo. Isso costuma durar uns quatro dias.
Hoje, tanto a tríplice viral quanto a tetravalente (contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora) estão disponíveis na rede pública e privada.
A versão tríplice viral idealmente deve ser aplicada em bebês de 12 meses, com um reforço aos 15 meses de vida. O imunizante também é ofertado para pessoas de até 49 anos que não foram vacinadas. Se você não sabe se recebeu suas doses, converse com um médico e vá ao posto de saúde.

A proteção conferida pela vacina é alta. Mais de 90% dos sujeitos que recebem as duas doses criam um bloqueio duradouro contra o vírus.
Fora isso, ela é segura na população indicada. E, mesmo nos poucos casos em que gera reações adversas, pode ter certeza: eles são bem menos preocupantes do que a doença em si.
Só é importante conferir se o indivíduo é alérgico ou se possui alguma contraindicação. Nada que uma conversa com o profissional de saúde não resolva – veja mais detalhes da vacinação aqui.

Como tratar o sarampo Não há um remédio específico para a doença – mais um motivo para não deixar de se vacinar. O paciente deve se manter sempre hidratado e bem alimentado, enquanto os médicos lidam com as consequências do quadro, como diarreia.


sábado, 31 de agosto de 2019

O que é Malária ?


A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.
A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade.
Quais são os sintomas da malária?
Os sintomas da malária são:
febre alta;
calafrios;
tremores;
sudorese;
dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Como é feito o diagnóstico da malária?
O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos especificados a seguir:
Gota espessa
Esfregaço delgado
Testes rápidos
Técnicas moleculares
Malária mista
Diagnóstico diferencial da malária
O diagnóstico diferencial da malária é feito com a febre tifoide, febre amarela, leptospirose, hepatite infecciosa, leishmaniose visceral, doença de Chagas aguda e outros processos febris. Na fase inicial, principalmente na criança, a malária confunde-se com outras doenças infecciosas dos tratos respiratório, urinário e digestivo, quer de etiologia viral ou bacteriana. No período de febre intermitente, as principais doenças que se confundem com a malária são as infecções urinárias, tuberculose miliar, salmoneloses septicêmicas, leishmaniose visceral, endocardite bacteriana e as leucoses. Todas apresentam febre e, em geral, esplenomegalia. Algumas delas apresentam anemia e hepatomegalia.
Para mais informações, consulte o “Manual de diagnóstico laboratorial da malária” e o folder "Testes rápidos para o diagnóstico de malária – Pf/Pf/Pv"
Como é feito o tratamento da malária?
No geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.

O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.
IMPORTANTE: Quando realizado de maneira correta, o tratamento da malária garante a cura da doença.
Objetivos do tratamento contra a malária:
O diagnóstico oportuno seguido, imediatamente, de tratamento correto são os meios mais adequados para reduzir a gravidade e a letalidade por malária. O tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, que podem ser didaticamente resumidos em:
a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias;
c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos).
Para atingir esses objetivos, diversas drogas são utilizadas, cada uma delas agindo de forma específica para impedir o desenvolvimento do parasito no hospedeiro.
Orientações para o tratamento
É da maior importância que todos os profissionais de saúde envolvidos no tratamento da malária, desde o auxiliar de saúde da comunidade até o médico, orientem os pacientes, adequadamente e com uma linguagem compreensível, quanto ao tipo de medicamento que está sendo oferecido, a forma de ingeri-lo e os respectivos horários. Em diversos lugares, os responsáveis por distribuir e orientar o uso dos medicamentos utilizam envelopes de cores diferentes para cada medicamento.
Muitas vezes, os pacientes são pessoas que não dispõem nem mesmo de relógio para verificar as horas. O uso de expressões mais simples, como manhã, tarde e noite, para a indicação do momento da ingestão do remédio é recomendável. A expressão de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas muitas vezes não ajuda o paciente a saber quando deve ingerir os medicamentos. Sempre que possível, deve-se orientar os acompanhantes ou responsáveis, além dos próprios pacientes, pois estes geralmente encontram-se desatentos, devido à febre, dor e mal-estar causados pela doença.
Os medicamentos devem ser ingeridos, preferencialmente às refeições. No caso da combinação, arteméter e lumefantrina deve ser preferencialmente ingerido com alimentos gordurosos. Caso surja icterícia durante o tratamento, a primaquina deve ser suspensa.
Sempre que possível, deve-se optar pela supervisão das doses dos medicamentos para garantir uma melhor adesão ao tratamento.
O paciente deve completar o tratamento conforme a recomendação, mesmo que os sintomas desapareçam, pois a interrupção do tratamento pode levar a recidiva da doença ou agravamento do quadro, além de manter o ciclo de transmissão da doença permitindo que outras pessoas também adoeçam por malária.
Esquemas de tratamento
Para facilitar o trabalho dos profissionais de saúde das áreas endêmicas e garantir a padronização dos procedimentos necessários para o tratamento da malária, o Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil (2010) apresenta tabelas e quadros com todas as orientações relevantes sobre a indicação e uso dos antimaláricos preconizados no Brasil de acordo com o grupo etário dos pacientes.

Embora as dosagens constantes nas tabelas levem em consideração o grupo etário do paciente, é recomendável que, sempre que possível e para garantir boa eficácia e baixa toxicidade no tratamento da malária, as doses dos medicamentos sejam fundamentalmente ajustadas ao peso do paciente. Quando uma balança para verificação do peso não estiver disponível, recomenda-se a utilização da relação peso/idade apresentada nas tabelas.
Malária por P. vivax ou por P. ovale
Malária por P. malariae
Malária por P. falciparum ou malária mista (P. falciparum e P. malariae)
Malária mista (P. falciparum e P. vivax ou P. ovale)
Paciente apresentando apenas gametócitos de P. falciparum
Malária grave e complicada por P. falciparum ou P. vivax
Controle de cura
Recomenda-se o controle de cura, por meio da lâmina de verificação de cura (LVC), para todos os casos de malária, especialmente os casos de malária por P. falciparum. O controle de cura tem como objetivo a observação da redução progressiva da parasitemia e da eficácia do tratamento e a identificação oportuna de recaídas. Recomenda-se a realização de LVC da seguinte forma:
P. falciparum – em 3, 7, 14, 21, 28 e 42 dias após o início do tratamento.
P. vivax ou mista – em 3, 7, 14, 21, 28, 42 e 63 dias após o início do tratamento.
IMPORTANTE: O dia em que o diagnóstico é realizado e que se inicia o tratamento é considerado como dia zero (D0). Por exemplo, se o tratamento se iniciou no dia 2 de agosto, este dia é considerado D0, 3 dias após o início do tratamento será o dia 5 de agosto (D3).
Mais informações sobre o tratamento da malária estão disponíveis no “Guia prático de tratamento da malária no Brasil”, no folder “Esquemas recomendados para o tratamento da malária não complicada no Brasil” e no “Manual prático: tratamento da malária grave”.
Doação de sangue e a malária
Em áreas endêmicas de malária, considera-se inapta a doar sangue a:
1) pessoa que tenha tido malária nos 12 meses que antecedem a doação;
2) pessoa com febre ou suspeita de malária nos últimos 30 dias;
3) pessoa que tenha se deslocado ou procedente de área de alto risco (IPA ≥50,0 casos/1.000 habitantes) há menos de 30 dias.
Se a pessoa teve malária por Plasmodium malariae, ela não poderá mais doar sangue. Já para as outras espécies, depende do tempo entre a doença e a doação de sangue. Os hemocentros sabem orientar o doador.
Como a malária é transmitida?
A malária é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, em menor quantidade.
Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária.
O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio. A malária não pode ser transmitida pela água.
IMPORTANTE: A malária não é uma doença contagiosa. Ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa. É necessário o vetor para realizar a transmissão.

Como prevenir a malária?
Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:
uso de mosquiteiros;
roupas que protejam pernas e braços;
telas em portas e janelas;
uso de repelentes.
Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:
borrifação intradomiciliar;
uso de mosquiteiros;
drenagem;
pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
aterro;
limpeza das margens dos criadouros;
modificação do fluxo da água;
controle da vegetação aquática;
melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
uso racional da terra.
IMPORTANTE: Não existe vacina contra a malária. Algumas substâncias capazes de gerar imunidade foram desenvolvidas e estudadas, mas os resultados encontrados ainda não são satisfatórios para a implantação da vacinação.



sexta-feira, 30 de agosto de 2019

O que é Leucemia?



A leucemia é um tipo de câncer maligno e tem como principal característica o acúmulo de células jovens (blásticas) anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. É uma doença dos glóbulos brancos (leucócitos) de origem, na maioria das vezes, não conhecida. Alguns sintomas de leucemia são febre, fraqueza e perda de peso sem esforço.
A medula é o local de formação das células sanguíneas, ocupa a cavidade dos ossos e é conhecida popularmente por tutano. Nela são encontradas as células mães ou precursoras, que originam os elementos do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas.
O tratamento para leucemia pode ser complexo, dependendo do tipo de leucemia e outros fatores. No entanto, existem estratégias e recursos que podem ajudar a tornar o seu tratamento bem sucedido.
No Brasil, atualmente a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres.
Classificação da leucemia
Os médicos classificam a leucemia com base na velocidade de progressão e no tipo de células envolvidas. O primeiro tipo de classificação é a rapidez com que a leucemia progride:
- Leucemia aguda: Na leucemia aguda, as células sanguíneas anormais são células sanguíneas imaturas (explosões). Eles não podem realizar suas funções normais e se multiplicam rapidamente, então a doença piora rapidamente. A leucemia aguda requer tratamento agressivo e atempado.
- Leucemia crônica: Existem muitos tipos de leucemias crônicas. Alguns produzem muitas células e outros têm um déficit na produção de células. A leucemia crônica envolve células sanguíneas mais maduras. Estas células do sangue replicam ou acumulam mais lentamente e podem funcionar normalmente por um longo período de tempo. Algumas formas de leucemia crônica inicialmente não produzem sintomas iniciais e podem passar despercebidas ou não diagnosticadas por anos.
O segundo tipo de classificação é como o glóbulo branco é afetado:
- Leucemia linfocítica: Este tipo de leucemia afeta as células linfóides (linfócitos), que formam tecido linfático ou linfático. O tecido linfático compõe seu sistema imunológico.
- Leucemia mielógena: Este tipo de leucemia afeta as células mieloides. As células mieloides geram glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e células produtoras de plaquetas.
Tipos
Os principais tipos de leucemia são:
Leucemia linfocítica aguda (ALL)
Este é o tipo mais comum de leucemia em crianças pequenas. TODOS também podem ocorrer em adultos. A ALL é o tipo de câncer mais comum durante a infância, não é uma doença hereditária e suas causas ainda não são conhecidas. Atualmente, 90% das crianças em tratamento chegam à cura.
A doença ocorre quando as células-tronco, responsáveis por dar origem aos componentes do sangue (glóbulos brancos, que combatem as infecções; glóbulos vermelhos, que fazem oxigenação do organismo; e plaquetas, que impedem as hemorragias), sofrem alterações.
Leucemia mielóide aguda (AML)
Leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer nas células do sangue e na medula óssea, região em que as células do sangue são produzidas. Esse tipo de leucemia ataca as células mieloides, que normalmente se desenvolvem formando alguns tipos de glóbulos brancos, que funcionam na defesa do nosso corpo, principalmente contra infecções. A AML ocorre em crianças e adultos. Saiba tudo sobre a AML aqui.
Leucemia linfocítica crônica (CLL)
A leucemia linfoide crônica é um subtipo de leucemia conhecido desde 1903. Ocorre em virtude de uma lesão adquirida, ou seja, não hereditária, no material genético de um linfócito na medula-óssea. Esta célula passa a proliferar sem controle e a invadir diferentes tecidos e o sistema sanguíneo. Com CLL, a leucemia crônica mais comum, você pode se sentir bem durante anos sem precisar de tratamento. Saiba mais sobre esse tipo de leucemia aqui.
Leucemia mielóide crônica (LMC)
Este tipo de leucemia afeta principalmente os adultos. Uma pessoa com LMC pode ter poucos ou nenhum sintoma durante meses ou anos antes de entrar em uma fase em que as células de leucemia crescem mais rapidamente.
A LMC se distingue dos outros tipos de leucemia pela presença de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+). Os cromossomos das células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos. Nos pacientes com a doença, estudos mostraram que existe uma translocação (fusão de uma parte de um cromossomo em outro cromossomo) em dois cromossomos, os de número 9 e 22, caracterizando assim a leucemia mieloide crônica.
Outros tipos de leucemia
Existem outros tipos mais raros de leucemia, incluindo leucemia de células pilosas, síndromes mielodisplásicas e distúrbios mieloproliferativos.
Causas
As leucemias se originam de uma alteração genética adquirida, ou seja, não hereditária. A divisão e morte celular são controladas por informações contidas nos genes, dentro dos cromossomos. Erros que acontecem no processo de divisão da célula podem causar uma alteração genética que ativa os chamados oncogenes, que promovem a divisão celular, ou que desativam os genes supressores de tumor, responsáveis pela morte celular (apoptose). Em ambos os casos há, então, multiplicação exagerada de uma mesma célula, levando ao surgimento do clone (câncer).
Apesar de sabermos que existem alguns fatores de risco que propiciam o surgimento do câncer, a causa exata ainda é desconhecida.
Fatores de risco
Os fatores que podem aumentar seu risco de desenvolver alguns tipos de leucemia incluem:
Tratamento anterior de câncer
As pessoas que tiveram certos tipos de quimioterapia e terapia de radiação para outros tipos de câncer têm um risco aumentado de desenvolver certos tipos de leucemia.
Distúrbios genéticos
As anormalidades genéticas parecem desempenhar um papel no desenvolvimento da leucemia. Certas desordens genéticas, como a síndrome de Down, estão associadas a um risco aumentado de leucemia.
Exposição a determinados produtos químicos
A exposição a determinados produtos químicos, como o benzeno - que é encontrado na gasolina e é usado pela indústria química - está associada a um risco aumentado de alguns tipos de leucemia.
Fumar
Fumar cigarros aumenta o risco de leucemia mielóide aguda.
História familiar de leucemia
Se os membros da sua família tiverem sido diagnosticados com leucemia, o risco de doença pode ser aumentado.
Sintomas
Sintomas da Leucemia
Os sintomas de leucemia estão relacionados ao tipo de condição de saúde que a pessoa apresenta. Os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo de células na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções) e das plaquetas (causando hemorragias).
A leucemia de crescimento lento ou crônica pode não causa quaisquer sintomas no início, enquanto a leucemia de cunho agressivo ou de rápido crescimento pode levar a sintomas graves.

Os sinais e sintomas da leucemia comum incluem, tipicamente:
Febre ou calafrios
Fadiga
Fraqueza
Infecções frequentes ou graves
Perda de peso sem esforço
Aumento do fígado ou do baço
Sangramento fácil ou hematomas
Hemorragias nasais recorrentes
Manchas vermelhas minúsculas na pele
Transpiração excessiva (principalmente à noite)
Dor nos ossos ou articulações.
Em caso de células que se infiltram no cérebro, sintomas como dores de cabeça, convulsões, perda de controle muscular e vômito podem ocorrer.
Buscando ajuda médica
Na maioria das vezes, os sintomas de leucemia são vagos e não específicos. Por isso muitas pessoas acabam confundindo com uma gripe e outras doenças comuns.
Portanto, caso você apresente os fatores de risco acompanhados dos sintomas é essencial procurar um médico especializado em doenças do sangue e medula óssea (hematologista).
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a leucemia são:
Clínico geral
Hematologista
Oncologista.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
Quando você começou a notar os sintomas pela primeira vez?
Seus sintomas foram contínuos ou ocasionais?
Quão graves são os seus sintomas?
Alguma coisa parece piorar seus sintomas?
Você já teve resultados anormais de exames de sangue? Se sim, quando?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito. Isso possibilita que você consiga respostas para as perguntas antes da consulta acabar. Para leucemia, algumas perguntas básicas incluem:
Eu tenho leucemia?
Que tipo de leucemia eu tenho?
Preciso de mais testes?
Minha leucemia precisa de tratamento imediato?
Quais são as opções de tratamento para minha leucemia?
Algum tratamento pode curar minha leucemia?
Quais são os possíveis efeitos colaterais de cada opção de tratamento?/Como o tratamento afetará minha vida diária? Posso continuar trabalhando ou indo para a escola?
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
Diagnóstico de Leucemia
As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas da medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos (ínguas), pele, baço, rins, sistema nervoso central (SNC) e outros. A fadiga, palpitação e anemia aparecem pela redução da produção dos eritrócitos pela medula óssea. Infecções que podem levar ao óbito são causadas pela redução dos leucócitos normais (responsáveis pela defesa do organismo).
Verifica-se tendência a sangramentos pela diminuição na produção de plaquetas (trombocitopenia). Outras manifestações clínicas são dores nos ossos e nas articulações. Elas são causadas pela infiltração das células leucêmicas nos ossos. Dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação são causados pelo comprometimento do SNC.
Exames
Quais exames detecta a leucemia?
Os médicos podem encontrar leucemia crônica em um exame de sangue de rotina, antes do início dos sintomas. Se isso acontecer, ou se você já tiver sinais ou sintomas que sugerem leucemia, você pode se submeter aos seguintes exames de diagnóstico:
Exame físico de leucemia
O seu médico procurará sinais físicos de leucemia, tais como pele pálida de anemia, inchaço dos linfonodos e aumento do seu fígado e baço.
Exames de sangue de leucemia
Ao examinar uma amostra do seu sangue, o seu médico pode determinar se tem níveis anormais de células vermelhas ou brancas ou plaquetas - o que pode sugerir leucemia.
Teste de medula óssea
O seu médico pode recomendar um procedimento para remover uma amostra de medula óssea. A medula óssea é removida com uma agulha comprida e fina. A amostra é enviada para um laboratório para procurar células de leucemia. Testes especializados de suas células de leucemia podem revelar certas características que são usadas para determinar suas opções de tratamento.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Leucemia
O tratamento para sua leucemia depende de muitos fatores. O médico irá determinar as opções de tratamento de leucemia com base em na idade e saúde geral, o tipo de leucemia que você tem ou se já espalhou para outras partes do corpo, incluindo o sistema nervoso central.

Os tratamentos comuns utilizados para combater a leucemia incluem:

Quimioterapia
A quimioterapia é a principal forma de tratamento para leucemia. Este tratamento de drogas usa substâncias químicas para matar células de leucemia.
Dependendo do tipo de leucemia que você tem, você pode receber um único medicamento ou uma combinação de drogas. Essas drogas podem vir em uma forma de pílula, ou podem ser injetadas diretamente em uma veia.
Terapia biológica
A terapia biológica funciona usando tratamentos que ajudam seu sistema imunológico a reconhecer e atacar células de leucemia.
Terapia direcionada
A terapia direta usa drogas que atacam vulnerabilidades específicas dentro de suas células cancerígenas.
Por exemplo, o fármaco imatinib (Gleevec) para a ação de uma proteína dentro das células de leucemia de pessoas com leucemia mielóide crônica. Isso pode ajudar a controlar a doença.
Terapia de radiação
A terapia de radiação usa raios-X ou outros feixes de alta energia para danificar células de leucemia e parar seu crescimento. Durante a terapia de radiação, você mente em uma mesa enquanto uma grande máquina se move ao seu redor, direcionando a radiação para pontos precisos em seu corpo.
Você pode receber radiação em uma área específica do seu corpo onde há uma coleção de células de leucemia, ou você pode receber radiação sobre todo o seu corpo. A radioterapia pode ser usada para preparar um transplante de células estaminais.
Transplante de células-tronco
Um transplante de células estaminais é um procedimento para substituir sua medula óssea doente por medula óssea saudável.
Antes de um transplante de células estaminais, você recebe altas doses de quimioterapia ou radioterapia para destruir sua medula óssea doente. Então você recebe uma infusão de células-tronco formadoras de sangue que ajudam a reconstruir sua medula óssea.
Você pode receber células-tronco de um doador, ou, em alguns casos, você pode usar suas próprias células-tronco. Um transplante de células estaminais é muito semelhante a um transplante de medula óssea.
Medicamentos para Leucemia
Os medicamentos mais usados para tratar alguns sintomas de leucemia são:
Androcortil
Betatrinta
Betametasona
Celestone
Decadron
Dexametasona
Diprospan
Duoflam
Prednisolona
Predsim
Prednisona
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo (prognóstico)
Leucemia tem cura?
A cura depende de uma série de fatores, principalmente do tempo que a leucemia leva para ser diagnosticada.
Quanto mais cedo houver o diagnóstico correto que identifica o tipo específico desta enfermidade, mais chances há de cura.
As principais formas de cuidado são: a radioterapia, a quimioterapia e o transplante de medula. Mas, o tipo específico é fator relevante.
Complicações possíveis
A maioria das complicações são graves e , se não forem tratadas rapidamente, podem levar o paciente ao óbito. Entre as complicações temos:
Hemorragias
Infecções
Comprometimento do Sistema Nervoso Central
Complicações testiculares
Anemia grave
Sepse
Convivendo/ Prognóstico
Os cuidados são diferentes de acordo com o tipo de leucemia.Mas, nas leucemias agudas e/ou durante tratamento com quimioterapia, os pacientes:
Devem evitar aglomerações de pessoas durante a fase mais intensiva do tratamento por causa do risco de infecção
Quando estiverem em uma fase de baixa imunidade, não devem comer alimentos crus, como verduras, legumes e frutas. A carne crua também não pode ser consumida durante todo o tratamento por causa do risco de toxoplasmose
Não podem tomar as vacinas compostas por vírus vivos atenuados
Devem consultar o médico em caso de programação de viagem.
Como lidar com a doença?
O diagnóstico de leucemia pode ser devastador - especialmente para a família de uma criança recém-diagnosticada. Com o tempo, é possível encontrar maneiras de lidar com a angústia e a incerteza do câncer. Veja algumas dicas que podem ajudar:
- Saiba o suficiente sobre leucemia para tomar decisões sobre seus cuidados: Pergunte ao seu médico sobre a sua leucemia, incluindo as suas opções de tratamento e, se quiser, o seu prognóstico. À medida que você aprende mais sobre leucemia, você pode se tornar mais confiante em tomar decisões de tratamento.
- Mantenha amigos e familiares próximos: Manter seus relacionamentos íntimos fortes irá ajudá-lo a lidar com sua leucemia. Amigos e familiares podem fornecer o apoio prático que você precisa, como ajudar a cuidar de sua casa se você estiver no hospital. E eles podem servir de apoio emocional quando você se sente sobrecarregado pelo câncer.
- Encontre alguém com quem conversar: Encontre um bom ouvinte que esteja disposto a ouvi-lo falar sobre suas esperanças e medos. Isso pode ser um amigo ou membro da família. A preocupação e a compreensão de um conselheiro, assistente social médico, membro do clero ou grupo de apoio ao câncer também podem ser úteis.
- Se cuide: É fácil ficar preso nos testes, tratamentos e procedimentos da terapia. Mas é importante cuidar de si mesmo, não apenas do câncer. Tente fazer tempo para yoga, cozinhar ou outros desvios favoritos.
Prevenção
A única prevenção possível para leucemia é evitar os fatores de risco conhecidos.
Referências
Ministério da Saúde
Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (2) Dra. Maria Cecilia Cordeiro Lima, oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.  Mayo Clinic
Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia